Minha pequena tartaruga
querida,
Chegaste tão repleta de
luz
Em meio a sombras pra mais
uma vida.
Tão preenchida do vazio
Tão próxima ao Supremo e
Varonil.
Que este casco pesado,
Não pôde conter o recado.
Afinal num espaço
apertado,
O natural tem serviço
dobrado.
Como expressar tamanha
leveza,
Indizível pureza,
Em tão densa estreiteza?
Como manter o caminhar do
som,
Em instrumento como tal?
É quando estreitas tua cabeça
em teu ser,
Que cada vez mais
reticências
Hás de perceber.
É provável que queiras
fugir,
Mas também é previsto que
não tenhas
Forças para voltar.
Porque uma vez conhecida a
Verdade,
Nada no mundo te farás
hesitar.
Desde que porém,
Tu te sustentes
Em teu lento e suave
caminhar.
Pois se assim não fosse,
Por aqui não precisarias
passar.
Encontre tua lição.
Cumpra tua missão.
E quem sabe então,
Teu legado não terá sido
em vão.
Maria Inez de A. Leme Guimarães
Despertar,
ResponderExcluirCaminhar,
Encontrar.
Cada um,
um caminho
a trilhar